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sábado, 21 de novembro de 2009







Dislexia: Uma Doença da Classe Média

Estima-se que, no Brasil, cerca de 15 milhões de pessoas têm algum tipo de necessidade especial. As necessidades especiais podem ser de diversos


tipos: mental, auditiva, visual, físico, conduta ou deficiências múltiplas.

No âmbito da educação especial, acredita-se que, pelo menos, noventa por cento das crianças com necessidades especiais, na educação básica, especialmente na educação infantil e ensino fundamental, sofram com algum tipo de dificuldade

de aprendizagem relacionada à linguagem: dislexia, disgrafia e disortografia.

Entre as dificuldades de aprendizagem relacionadas à linguagem, a dislexia é a de maior

incidência e merece toda atenção por parte dos gestores de política educacional, especialmente

a de educação especial.





Mas o que é mesmo a dislexia?





A dislexia é a incapacidade parcial de a criança ler compreendendo o que se lê, apesar da inteligência normal, audição ou visão normais e de serem oriundas de lares adequados, isto é,

que não passem privação de ordem doméstica ou cultural. Encontramos disléticos em

famílias ricas e pobres.

Enquanto as famílias ricas podem levar o filho a um psicólogo, neurologista ou psicopedagogo,

uma criança, de família pobre, estudando em escola pública, tende a asseverar a dificuldade

persistir com o transtornos de linguagem na fase adulta.

Talvez, por essa razão, isto é, por uma questão de classe social, a dislexia seja uma doença da

classe média, exatamente porque, temporão, os pais conseguem diagnosticar a dificuldade

e partir para intervenções médicas e psicopedagógicas.



No âmbito das instituições de ensino, relatos de professores registram situações em que

crianças, aparentemente brilhantes e muito inteligentes, não podem ler, escrever nem

têm boa ortografia para idade.



Nos exames vestibulares, as comissões executivas descrevem casos "bizarros" (às vezes, motivo

de chacotas) em que candidatos apresentam baixo nível de compreensão leitora ou a ortografia

ainda é fonética (baseada na fala) e inconstante.



Assim, urge a realização de testes de leitura nas escolas públicas e privadas, desde cedo,

de modo a diagnosticar e avaliar a dificuldade de leitura.

Vicente Martins

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