Hora certa!!!

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Dia dos Pais...

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Sementes para a infância

sábado, 24 de abril de 2010

quinta-feira, 22 de abril de 2010

22 de abril: Quem descobriu o Brasil?

Em livros didáticos, o 'Descobrimento' do Brasil é atribuído à Pedro Álvares Cabral em 22 de abril de 1.500. Mas essa história contada nas escolas já gerou um calhamaço de controvérsias e vem sendo questionada de tempos em tempos.







Há a versão de que outro português, Duarte Pacheco Pereira, teria atingido o litoral brasileiro em dezembro de 1.498 comandando uma esquadra de oito naus, chegando a explorar o litoral dos estados atuais do Pará e Maranhão. O fato teria sido mantido em absoluto sigilo, para impedir projetos de expansão dos rivais espanhóis.






Esse fato parece ser corroborado pela pompa com que foi preparada a partida de Cabral no dia 9 de março de 1.500. A cerimônia da partida das naus portuguesas levou ao porto de Lisboa cerca de 60 mil pessoas, como que a registrar historicamente que algo grande iria acontecer nos destinos da nação Lusitânia. Assim, a chegada de Cabral não teria sido por acaso, mas uma operação naval com vistas à posse das novas terras.

Fenícios no Brasil


Poderia ser a Pedra da Gávea túmulo de um rei fenício? É o que a teoria prega, e a grande rocha ainda tem estranhas inscrições que levam a essa probabilidade: `LAABHTEJ BAR RIZDAB NAISINEOF RUZT`



As teorias esotéricas, embora combatidas veementemente, falam de indícios de presença dos povos fenícios em terras brasileiras, em especial, no Rio de Janeiro.


Estudiosos especializados na escrita de povos nórdicos antigos chegaram a conclusão de que as estranhas idas de trás para a frente: `TZUR FOENISIAN BADZIR RAB JETHBAAL`, e o significado seria `Tyro Phoenicia, Badezir primogênito de Jethbaal`






Na história fenícia, Badezir era um rei que assumiu o trono da Fenícia no ano 856 AC ocupando o trono real de TYRO no lugar de seu pai. Na tradição e conhecimento guardado pela fundação Eubiose Brasil, o rei Badezir tinha oito filhos que cobiçavam o trono e odiavam os dois filhos primogênitos. Os irmãos revoltosos destronaram o rei, que teve então que abandonar a Fenícia junto com os filhos YET-BAAL e YET-BAAL-BEL, e mais oito sacerdotes.






Uma frota de seis navios deixaram então o país e vieram para o Brasil, estabelecendo-se no Rio de Janeiro. Com eles ainda vieram 49 militares fiéis a Badezir e mais 222 representantes da nobreza de Tyro. Isso teria acontecido por volta do ano 800 A.C e o próprio nome `Brasil`, segundo a hipótese, deriva-se de Badezir. Seus dois filhos teriam perecido em naufrágio na Baia da Guanabara e assim, o rei resolveu eternizar seu filhos construindo-lhes um sepulcro na Pedra da Gávea.






Com a chegada da Família Imperial portuguesa ao Brasil, a questão começou a tomar corpo quando D. João VI ficou intrigado ao notar que a Pedra da Gávea aparentava ter em sua face de um rei barbado olhando para o mar. E de fato, muita coisa estranha foi encontrada.


Porém, para preservar o mérito português na chamada `descoberta`, o assunto foi premeditadamente esquecido.


Uma descoberta da China?

Também a China reivindica pra si a autoria da descoberta, alegando que portugueses e espanhóis só teriam chegado à América porque traziam cartas náuticas copiadas de um velho mapa-mundi chinês. A alegação é de que em 1.421, ou seja, cerca de 70 anos antes, um navegador chinês de nome Hong Bao já teria atingido as terras brasileiras.







Um livro que está criando a maior discussão sobre o assunto: “1421-O ANO EM QUE A CHINA DESCOBRIU O BRASIL”, foi lançado em 2006 pela Editora Bertrand Brasil, é de autoria do cartógrafo e ex-oficial da Marinha Britânica Gavin Menzies.






Nele, o autor revela que no dia 8 de março de 1421, ' a maior esquadra jamais vista pelo mundo zarpou de sua base na China. Sua jornada duraria mais de dois anos: os navios chineses, assim, aportaram na América 70 anos antes de Colombo, descobriram a Antártida, chegaram à Austrália 320 anos antes de Cook e solucionaram o problema da longitude 300 anos antes dos europeus'.


Salomão ou Solimões

E as teorias são inúmeras. Também há que se considerar a possibilidade de que o Rei Salomão teria explorado as riquezas brasileiras, retirando daqui grande quantidade de madeira de lei e ainda minérios. Não seria então absurdo considerar que as nações indígenas da América do Sul chamam o grande rio de `Solimões`, como uma espécie de homenagem ao grande rei hebreu que por aqui teria passado.
 


Um descobrimento espanhol

Por fim, registros antigos também oferecem a possibilidade de que a Espanha seria a descobridora do Brasil. Isso é teria ocorrido em janeiro de 1500, com o navegador espanhol Vicente Yáñez Pinzón, que teria desembarcado no litoral brasileiro na altura do de Pernambuco.



O local, identificado atualmente como sendo a praia do Paraíso, no Cabo de Santo Agostinho, foi batizado por Pinzón como como Santa Maria de la Consolación`.






Concluindo, esse Brasil é tão grande e promissor que todos querem ter o mérito de seu descobrimento. Afinal, diz o ditado: `Quando o filho é bonito, todos querem ser o pai`.

agoravale.com.br





Informação

Na comemoração de mais um aniversário do descobrimento do Brasil, arquitetos apontam características e mudanças do Rio colonial.

RIO - As casas eram simples e coladas umas às outras. Nem as famílias mais endinheiradas tinham direito a ostentar na arquitetura materiais nobres. Pelas ruas e ladeiras estreitas, de pedras assimétricas do tipo pé de moleque, transitavam escravos, pardos e figuras nobres d´além mar. Assim era a atmosfera do Rio colonial. Na comemoração de mais um aniversário do descobrimento do Brasil, no dia 22 de abril, especialistas em arquitetura e história apontam as características e as mudanças arquitetônicas e urbanísticas deste período. (faça um passeio pelos pontos coloniais do rio, com vídeos e fotos)






- A arquitetura do Rio é uma transposição da arquitetura produzida em Portugal. Até porque era proibida a entrada de estrangeiros na colônia. Os engenheiros e arquitetos que vinham a serviço do rei traziam os padrões da arquitetura portuguesa - diz o arquiteto e historiador Nireu Cavalcanti.





A cidade começou a nascer no século XVI sem muita exuberância. A paisagem era única protagonista, com destaque para o Pão de Açúcar que abrigou nas suas imediações o primeiro assentamento em terras cariocas. Mas foi o morro do Castelo que se apresentou mais propício para o povoamento. A cidade depois desceu para a várzea e se expandiu ao longo da Rua Direita, atual Primeiro de Março, subindo pelos morros adjacentes, como o São Bento, o Santo Antônio, do Castelo e da Conceição. E, pouco a pouco, um centro urbano começou a tomar forma com ruelas, largos, becos e ladeiras, como ressalta o também arquiteto e historiador Antônio Agenor Barbosa:







- Naquela época, as casas eram todas coladas umas às outras. Algumas ruas eram pavimentadas com pedras pé de moleque, um elemento típico da ambientação portuguesa. Uma característica que vale ser ressaltada é a horizontalidade dos empreendimentos, que tinham, no máximo, quatro pavimentos. Ao contrário de hoje, época de verticalidade dos imóveis.

Quem passa pelas ruas estreitas da Rua do Ouvidor ou do Rosário, por exemplo, pode perceber que as residências não tinham nenhuma pompa, ao contrário do que acontece com as igrejas. A realeza chegou a vetar o uso do ouro na fechadura da porta ou nos detalhes das casas, assim como a prata. O máximo que eles podiam ostentar eram grandes janelas e portas.











- As pinturas das igrejas eram maravilhosas. Era tudo liberado. Já as casas civis guardavam uma generosa sobriedade. Mas podiam ostentar uma pequena ornamentação na entrada, típica da arquitetura neoclássica barroca. As portas eram grandes, e as janelas tinham acabamento superior reto ou em arco pleno (semicírculo). Esse gosto permaneceu até 1830 - relata Nireu.










As igrejas, com toda a sua opulência, tinham papel fundamental na fundação do entorno da cidade. Elas davam nomes às ruas e tornavam os seus arredores mais atrativos para a construção de moradias, fosse para abrigar padres ou alugar a membros da irmandade. Exemplo disso é a Igreja do Rosário, uma das mais importantes no período colonial e que abrigava negros e pardos.






- Depois da invasão francesa, em 1711, foi construída uma muralha para preservar a cidade que abraçou a Igreja do Rosário. Tudo que ficava de fora era subúrbio. Em 1737, a igreja dos negros foi transformada numa Catedral temporária e assim permaneceu por 75 anos. Foi a primeira igreja visitada pela Família Real depois de sua chegada. A rua se transformou numa das mais representativas, pois sediava desfiles da realeza. Os moradores, apesar de serem proibidos de ter em seus sobrados elementos de ostentação, passaram a ornamentar os peitoris com tecidos, tapetes. Tudo para chamar a atenção - explica Nireu Cavalcante










Com a transformação constante da arquitetura e da cidade, os detalhes do período colonial estão desaparecendo em meio aos carros e prédios modernosos. O que, para Antônio Agenor, tira da cidade o ar pitoresco e bucólico.










- A modernização da cidade tirou do Rio um pouco daquela ambiência urbana colonial. A arquitetura de alguns imóveis já sofreu algumas modificações também. Mas a convivência entre essas duas realidades é desarmônica. Os carros e prédios arranha céu brigam com a paisagem desses lugarejos bucólicos e pitorescos.







21/04 às 15h58 O Globo

Descobrimento do Brasil

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Educação no olhar.

Já li muitos livros sobre psicologia da educação, sociologia da educação, filosofia da educação, didáctica - mas, por mais que me esforce, não consigo me lembrar de qualquer referência à educação do olhar, ou à importância do olhar na educação.

1. Van Gogh tem uma delicada tela que representa esta cena: o pai, jardineiro, interrompeu seu trabalho, está ajoelhado no chão, com os braços estendidos para a criança que chega, conduzida pela mãe. O rosto do pai não pode ser visto. Mas é certo que ele está sorrindo. O rosto-olhar do pai está dizendo para o filhinho: «Eu quero que você ande». É o desejo de que a criança ande, desejo que assume forma sensível no rosto da mãe ou do pai, que incita a criança à aprendizagem dessa coisa que não pode ser ensinada nem por exemplo e nem por palavras.

2. Segundo Nietzsche a primeira tarefa da educação é ensinar a ver. É através dos olhos que as crianças tomam contacto com a beleza e o fascínio do mundo. Os olhos têm de ser educados para que a nossa alegria aumente. As crianças não vêem « a fim de». O seu olhar não tem nenhum objectivo prático. Vêem porque é divertido ver. Alberto Caeiro sabia tudo sobre o olhar das crianças...

3. Educar é mostrar a vida a quem ainda não a viu. O educador diz: «Veja!» - e ao falar, aponta. O aluno olha na direcção apontada e vê o que nunca viu. O seu mundo expande-se. Ele fica mais rico interiormente. E, ficando mais rico interiormente, ele pode sentir mais alegria e dar mais alegria - que é a razão pela qual vivemos.

4. Já li muitos livros sobre psicologia da educação, sociologia da educação, filosofia da educação, didáctica - mas, por mais que me esforce, não consigo me lembrar de qualquer referência à educação do olhar, ou à importância do olhar na educação, em qualquer um deles.

5. «O sentido está guardado no rosto com que te miro» é um verso da poeta brasileira Cecília Meireles. Não te miro com os meus olhos. Te miro com o meu rosto. É o rosto que desvenda o mistério do olhar. O rosto da mãe revela à criança o segredo do seu olhar. E o rosto da criança revela à mãe o segredo do seu olhar. O rosto do professor revela ao aluno o segredo do seu olhar.

6. «O meu lábio zombeteiro faz a lança dele refluir»: dito pela Adélia Prado. Lança? Falo erecto. Mas o lábio zombeteiro a altera. A lança, humilhada, se encolhe, torna-se incapaz do acto do amor. Há uma relação metafórica entre a lança fálica e a inteligência.

7. Como a lança fálica, a inteligência ou se alonga e se levanta confiante para o acto de conhecer ou se encolhe, flácida e impotente. O olhar de um professor tem o poder de fazer a inteligência de uma criança ficar erecta ou flácida... O lábio zombeteiro do professor faz a inteligência do aluno refluir.

8. Eu, menino, tinha grande prazer em ver figuras. Nos tempos da minha infância livros de figura não se encontravam prontos para serem comprados nas livrarias. Eu mesmo fiz um álbum de figuras. Era um caderno grande no qual fui colando figuras de cachorros. Minha mãe não gostava de cachorros. Nunca pude ter um. Tinha inveja dos meninos que tinham. Fazendo o álbum de cachorros eu realizei, de alguma forma, o meu desejo.

9. A criança de olhar vazio e distraído: ela não aprende. Os psicólogos apressam-se em diagnosticar alguma perturbação cognitiva. Mas uma outra hipótese tem de ser levantada: a inteligência dessa criança foi enfeitiçada pelo olhar de um adulto que a intimidou. Uma criança intimidada e humilhada não aprende.

10. «Formatura»: «formar» é colocar na forma, fechar. Um ser humano «formado» é um ser humano fechado, terminado. Educar é abrir, «desformar». Uma festa de «desformatura...»

11. Escrevo sobre educação porque amo as crianças e os jovens, seres ainda abertos, que enfrentam o perigo de serem «fechados». Joseph Knecht, o herói trágico do livro de Hesse O jogo das contas de vidro, no final da vida desejava apenas educar uma criança ainda não deformada pela escola.

12. Educação não é a transmissão de uma soma de conhecimentos. Conhecimentos podem ser mortos e inertes: uma carga que se carrega sem saber sua utilidade e sem que ela dê alegria. Educar é ensinar a pensar, isso é, a brincar com os conhecimentos, da mesma forma como se brinca com uma peteca.

13. Quando o conhecimento é vivo ele se torna parte do nosso corpo: a gente brinca com ele e se sente feliz ao brincar. A educação acontece quando vemos o mundo como um brinquedo para os sentidos e o pensamento, e brincamos com ele como uma criança brinca com a sua bola. O educador é um mostrador de brinquedos...

14. Ensinar é um exercício de imortalidade. De alguma forma continuamos a viver naqueles cujos olhos aprenderam a ver o mundo pela magia da nossa palavra. O professor, assim não morre jamais...


Revista Pais & Filhos